Empresa Parceira

FI-SA 2018

Expositores e visitantes destacam a relevância da Food ingredients South America, principal evento de ingredientes alimentícios na América Latina

Cerca de 10.800 pessoas passaram pelo pavilhão do Transamerica Expo Center na mais importante plataforma de conteúdo e negócios da indústria alimentícia

São Paulo, agosto de 2018 – A evolução da Food ingredients South America (FiSA), que teve a presença de diversos países e a participação do público latino-americano foi um dos destaques no evento deste ano tanto para expositores como para visitantes. De 21 a 23 de agosto, durante a 22ª edição do evento, os estandes estiveram lotados de visitantes, assim como os workshops e congressos. A principal plataforma de conteúdo e negócios da indústria de ingredientes alimentícios da América Latina teve os corredores tomados por 10.893 profissionais que foram ao pavilhão do Transamérica Expo Center. Mais de 750 marcas apresentaram os recentes lançamentos em alimentos, ingredientes, bebidas, suplementos e aditivos alimentares, enquanto 500 congressistas participavam dos debates sobre o futuro da indústria alimentícia no Brasil, América Latina e no mundo

As macro tendências de consumo, voltadas a alimentos e bebidas com ingredientes naturais e orgânicos, foram evidenciadas pelo sucesso dos 87 expositores com soluções para ingredientes naturais, 52 com ingredientes orgânicos e 56 com alimentos funcionais.

Lilian Aya Kawazoe, gerente comercial da Concepta Ingredients, que trabalha com produtos naturais, lembra que a empresa retornou à FiSA este ano com expectativas de fechar novos projetos como ocorreu na edição anterior. “Desde 2017, os produtos naturais e os orgânicos estão ganhando mais atenção da indústria. Estes indicadores confirmam que estamos no caminho certo. Desenvolvemos uma linha especial de óleos exóticos orgânicos e lançamos no evento o Biofrutose, açúcar mascavo líquido, que está em fase de certificação pela Ecocert”, disse.

Para João Golfi, gerente regional de Vendas da CP Kelco, “foi espetacular o resultado da feira”. Superou todas as nossas expectativas. Fizemos muitos contatos, além de recebermos vários clientes. Então, vamos retomar os contatos feitos nesses três dias para fecharmos negócios”, garantiu.

Carlos Freitas, diretor de Vendas da Budenheim, também prevê novos projetos após a feira. “Devemos fechar negócios nas próximas semanas em consequência dos contatos feitos na feira. Foi muito bom estar na FiSA pois recebemos muitos dos nossos clientes, mas também fizemos novos contatos. Não viemos para aumentar vendas, mas para expor nossas marcas. Assim, nossas expectativas foram superadas”.

Já o New Product Zone, patrocinado pela Mintel, empresa de pesquisas de mercado, apresentou produtos das grandes marcas mundiais comprometidas com o desenvolvimento de ingredientes de qualidade. “Tivemos nossos produtos expostos no New Product Zone, além da visitação no estande que superou nossas expectativas”, disse Mariana Ivanoff, da área de marketing da Grasse Aromas. “Voltamos à feira depois de alguns anos sem participar e os resultados foram muito bons. A feira está grande, o que é importante e atraiu um público bastante qualificado. Também é importante dizer que o evento teve boa divulgação”, afirmou.

Pela primeira vez, a FiSA foi palco do Future of Nutrition Summit, encontro de especialistas nas mais recentes descobertas da nutrição, que prometem mudar a cara da indústria global de alimentos e bebidas para além dos próximos cinco anos.

As atrações da 22ª edição incluíram o Seminar Sessions, sessões de 30 minutos que apresentaram os lançamentos e novas tecnologias do setor; o Innovation Tour, cujo tema principal foi As mudanças nos rótulos de alimentos e os desafios da indústria, composto por visitas guiadas com passagem pelos estandes dos expositores, que mostraram soluções como extratos naturais, bebidas protéicas, peptídeos de colágenos, entre outras; e as Conferências, que trouxeram temas como estratégia de marketing aliada à indústria de A&B, segurança de alimentos, , tendências e inovação.

Na primeira noite do evento, foi a vez dos vencedores do Fi Innovation Awards 2018, prêmio nacional de inovação em homenagem às empresas e aos profissionais que investem tempo e recursos em P&D. As marcas que ficaram no topo do pódio foram a Fini, com o produto funcional mais inovador; Lapon, na categoria suplemento alimentar; Seara Rotisserie, da JBS Seara, como produto mais inovador; Gelita, como ingrediente funcional mais inovador; e ICL Brasil, escolhida para representar o ingrediente mais inovador.

O inédito Start-up Innovation Challenge também premiou, na primeira noite da feira, os mais inovadores projetos das startups do setor com um programa de suporte especializado, organizado pela UBM Brazil em parceria com a Equilibrium Consultoria e patrocínio da Euromonitor, empresa de pesquisas de mercado, e do Serviço Nacionail de Aprendizagem Industrial (Senai). Os premiados foram a Nanoart  como Melhor Inovação em Ingredientes Alimentícios” e a Pipoca de Colher como “Melhor Inovação em Produtos Alimentícios”. 

Vencer o Fi Innovation Awards 2018 na categoria Ingrediente Alimentício mais Inovador deve alavancar os negócios não apenas do Rovitaris, produto que foi premiado, mas de toda a linha da ICL Brasil. Essa é análise da responsável pelo marketing da empresa na América Latina, Jessica Bontorim. A ICL venceu diversos competidores de peso. “Foi a primeira vez que disputamos e foi um ótimo resultado, que estimula continuarmos trabalhando com inovações e participar na próxima edição da feira”.

Palco de grandes lançamentos e produtos inovadores, a FiSA antecipou ao público o que estará no mercado nos próximos meses, abrindo espaço para as marcas ampliarem suas oportunidades de negócios.

Orgânicos, um mercado em ebulição

 

A oferta de produtos orgânicos no varejo de alimentos nacional já não é tão limitada como alguns anos atrás, mas a sensação é de que ainda há bastante potencial inexplorado.  A demanda aumenta, assim como o anseio do público por mais opções, tanto in natura quanto processados. “O orgânico deixou de ser coisa de feirinha. É uma tendência inabalável”, disse Alexandre Oliveira, country manager da certificadora Ecocert Brasil, durante as Seminar Sessions da FiSA 2018.

 

Oliveira lembrou que somente recebe o aval de orgânico o produto industrializado com teor superior a 95% de ingredientes orgânicos. O desenvolvimento é complexo, por exigir validações e inspeções regulares das matérias-primas, além de cuidado nos ambientes fabris (sobretudo em indústrias diversificadas, uma vez que a coexistência com produções de alimentos convencionais é permitida).

 

O executivo da Ecocert advertiu que insumos importados, mesmo validados em suas origens, têm de passar por certificação local, seguindo os critérios nacionais. Rotulagem também deve estar em acordo com a legislação brasileira. “O sucesso não depende apenas de rigor nos processos”, afirmou Oliveira. “Além da naturalidade, o produto pode ser valorizado por apelos como os de sustentabilidade e ética social”.

 

Laboratório de inovação

 

Para ser inovador, um produto precisa ter seu desenvolvimento centrado no usuário. Esse princípio fundamentou um laboratório de inovação realizado no âmbito da FiSA 2018. Conduzido pela Tacta Food School, o exercício estimulou os participantes a imaginar conceitos de produtos originais por meio do uso de cinco ingredientes selecionados de empresas expositoras da feira:

 

  • Mascavo liquido, da Concepta Ingredients;
  • Bio-arct, derivado de uma alga polar, rica em arginina, da Aqia Nutrition;
  • Precisa Bake GF 10, substituto da farinha de trigo para produtos sem

glúten, da Ingredion;

  • Lentein, proteína de base vegetal, da Tovani Benzaquen; e
  • Fibra Nutritiva de Banana, da Nova Inglaterra.

 

Após uma palestra sobre design thinking, ministrada pela engenheira de alimentos Cristina Leonhardt, diretora da Tacta, os participantes visitaram os estandes dos fornecedores dos insumos. Em seguida, retornaram ao auditório e dividiram-se em grupos para rodadas de brainstorm, focadas na imaginação de produtos para o atendimento de demandas do consumidor imaginário – e com base nos ingredientes disponibilizados.

Produtos funcionais e com apelo de bem estar cresceram 10% em 10 anos

Airton Vialta, pesquisador do ITAL, apresentou um breve panorama sobre ingredientes dedicados à produção de alimentos processados funcionais no Brasil. O conteúdo baseia-se nos resultados do 4º Workshop de Bioeconomia, coordenado por Vialta e realizado pela Agropolo Campinas-Brasil, plataforma de inovação colaborativa para as áreas de agricultura, alimentação, biodiversidade, bioenergia, química verde e desenvolvimento sustentável.

De acordo com Vialta, as vendas de produtos funcionais e com apelo de bem-estar cresceram a uma taxa média anual de 10% na última década. “O avanço seguramente continuará, mas o mercado poderá evoluir muito mais com certas medidas”, observou o pesquisador.

Setor precisa melhorar a comunicação com o consumidor 

Falhas na comunicação são os grandes problemas para a indústria de alimentos e ingredientes no país. A conclusão é dos profissionais que participaram de um debate ocorrido na abertura da FiSA 2018. Para os representantes de entidades setoriais e empresas do setor de ingredientes, está na hora de iniciar ações para modificar a situação e conter a divulgação de informações mentirosas, principalmente na internet.

Para Cláudio Tacconi, gerente de Nutrição Humana  da BASF na América Latina, só criando imagem íntegra e honesta será possível estabelecer uma comunicação mais efetiva com o consumidor. “Não podemos dizer que somente  nós fazemos tudo 100%, que somos os honestos e que os formadores de opinião estão mentindo”, afirma. Tacconi entende que a indústria precisa acabar com a complexidade  e gerar rótulos mais claros, compreensíveis para o consumidor e não que atenda somente as exigências de órgãos fiscalizadores.

Já João Dornellas,  diretor administrativo da  ABIA (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos) lembra que atualmente existem ataques injustificáveis contra a indústria de alimentos, feito por pessoas leigas. Inclusive com a criação do termo alimentos ultraprocessados. “Não podemos permitir que a indústria de alimentos seja atacada como se fosse a vilã dos problemas de saúde pública”, afirma. “Existem alimentos processados e que atendem as necessidades nutricionais da população”, garante o executivo.

Exigência pede experiência

O consumidor da América Latina está mais exigente e mais preocupado com alimentação saudável. “A renda por lar aumentou nos últimos anos e tende a continuar evoluindo, a despeito das crises”, comentou Caroline Kurzweil, analista da Euromonitor International, em apresentação feita durante a FiSA 2018. `”Além disso, as pessoas estão muito mais informadas. Hoje, 50% dos domicílios latino-americanos têm internet. Em 2030, esse índice deverá alcançar 70%”.

Paralelamente à maior demanda dos consumidores por alimentos e bebidas mais saudáveis, os governos dos países latino-americanos têm instituído regulamentações mais rígidas sobre rotulagem e informações nutricionais de alimentos e bebidas. São esses os impulsionadores de ações (ou reações) da indústria para a oferta de produtos mais saudáveis e éticos.

Novo marco normativo dos Suplementos Alimentares é resultado de anos de estudos

Embora a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não tenha o hábito de chamar reuniões com empresas que pedem registro de novos ingredientes alimentares, a instituição pode ouvir os empresários em caso de necessidade de informações. De acordo com a gerente geral de Alimentos da agência reguladora, Thalita Antony de Souza Lima, que falou sobre “O novo marco normativo dos Suplementos Alimentares no Brasil” durante o workshop no primeiro dia da FiSA 2018, não existe interesse do órgão em impugnar nenhum pedido.

Publicada em julho deste ano, a norma que regulamenta os suplementos alimentares no país foi motivo de debates, reuniões e consultas públicas nos últimos sete anos e, para Thalita, isso confere consistência ao documento.

Inovação ao alcance de todos

Participantes da FiSA 2018 puderam se inteirar das novidades do mercado de ingredientes para alimentos e bebidas por meio do Innovation Tour, iniciativa que contempla uma série de encontros realizados nos estandes dos expositores.

Na Rousselot, por exemplo, visitantes foram apresentados ao Peptan IIm, um novo ativo multifuncional para a promoção da saúde das articulações. Já a Vogler Ingredients apresentou sua nova linha de proteínas. Destaque para a linha Lacprodan, constituída por diversas opções para aplicações específicas.

Pesquisa mostra mudança de hábitos alimentares da população brasileira

Nos últimos sete anos, os brasileiros passaram por profunda mudança em seus hábitos alimentares. A crise econômica que atingiu o país é apontada como principal fator para a alteração segundo a pesquisa “A Mesa dos Brasileiros”, apresentada por Antônio Carlos Costa, do Departamento de Agronegócios da Fiesp, durante workshop realizado pela ABIAM (Associação Brasileira da Indústria de Aditivos Melhoradores de Alimentos e Bebidas), na FiSA 2018.  E na análise de Costa, tais mudanças se incorporaram aos hábitos do consumidor.

Proteínas vegetais oferecem muitas possibilidades na formulação de produtos

A mudança de hábitos por uma alimentação mais saudável, somada à escassez de alimentos de origem animal, tem surtido efeito positivo na indústria de alimentos. Prova disso, são as pesquisas recentes apresentadas pela Divisão de Nutrição e Saúde da DuPont sobre as inúmeras aplicações da proteína vegetal na formulação de produtos.

De acordo com Marília Landgraf Gonçalves, especialista em aplicação da DuPont, mais de 100 estudos comprovam os benefícios da proteína vegetal para a saúde, como o controle de peso a partir do ganho de massa magra. Durante sua palestra, no Seminar Sessions da FiSA, ela também chamou a atenção dos participantes quanto aos aspectos de sustentabilidade das proteínas vegetais.

Probióticos: mercado promissor

Acrescidos de microrganismos que promovem benefícios ao organismo, os chamados probióticos são grandes apostas da indústria de alimentos e bebidas. Nos últimos quatro anos, cerca de 100 novos produtos do gênero surgiram no Brasil – e o mercado nacional ainda é pequeno se comparado ao de outros países. Para lançar essas especialidades, as empresas devem estar atentas a uma série de exigências da Anvisa.

Caminhos para inovar

Mais curioso e mais consciente. Ao mesmo tempo, mais contido. O consumidor tem manifestado inclinações diferentes, todas relacionadas à procura por hábitos de nutrição mais saudáveis e mais éticos. “São tendências valiosas para guiar inovações dos fabricantes de alimentos e bebidas”, assinalou Jorge Sarasqueta, diretor para a América Latina da consultoria Innova Market Insights, sediada na Holanda, em apresentação realizada ao final do primeiro dia (21/08) da FiSA 2018.

Blueberries são comercializados há mais de 100 anos

Fresco, congelado, desidratado ou em pó, os blueberries silvestres vêm atraindo a atenção da indústria alimentícia e a preferência de milhares de consumidores.  Por meio da Associação US Highbush Blueberry Council (USHBC), as informações desta fruta especial, nativa dos Estados Unidos e comercializada há mais de 100 anos, chegam até os produtores rurais e ao mercado.

Empresários precisam confiar na delegação brasileira nas negociações do Codex Alimentarius e no Mercosul

Os negociadores brasileiros no Codex Alimentarius e no Mercosul precisam da participação mais ativa dos empresários que têm demandas na América Latina para que possam ter mais força nas tratativas com os países vizinhos. Segundo César Vandesteen, Auditor Fiscal Federal Agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), é fundamental participar junto às demandas feitas através de associações e da Câmara Setorial.

Vandesteen pediu durante workshop realizado pela ABIAM que as empresas de alimentos e ingredientes estabeleçam estratégia de priorização ao apresentarem suas demandas.

No New Product Zone, demonstrações interativas mostram o futuro da indústria

Um macarrão enriquecido com pó produzido a partir de grilos secos, uma mistura que colocada no café frio promete energia durante todo o dia e muito mais são algumas das inovações de vanguarda que os visitantes da FiSA 2018 encontraram no New Product Zone. A iniciativa é da norte-americana Mintel, em parceria com a organização da FiSA 2018, e tem por objetivo apresentar com ineditismo o que há de mais moderno e inovador nos segmentos de alimentos e bebidas no mercado global. Novas tecnologias que recebem muitos investimentos mundiais e ainda não são conhecidas no mercado brasileiro.

Conteúdo nas mídias sociais deve ter informações relevantes para o consumidor

A realidade do mercado atual indica que as empresas não podem ignorar as mídias sociais. E pesquisas realizadas com especialistas em marketing digital apontam que investir nesses canais pode ser mais eficiente do que nos meios de comunicação tradicionais e nos especializados. A análise é de Marlon Barg, Coordenador de Marketing, Projetos Digitais e Inteligência de Mercado da Duas Rodas, indústria de ingredientes e aditivos para alimentos e bebidas, que falou sobre “Mídias Sociais e a Importância do Conteúdo de Qualidade” durante a FiSA 2018. Para ele o marketing digital, em que a estratégia visa transmitir materiais informativos de qualidade para seus seguidores, cultivando uma curiosidade legítima, conexão e seguidores fiéis, deve estar na política da empresa. Além disso, o conteúdo produzido precisa engajar o público. Este é o desafio no marketing digital, segundo Barg.

Sobre a FiSA

 

A Food ingredients South America é organizada pela UBM, que em junho de 2018 associada com a Informa PLC se tornou o grupo líder em serviços de informação B2B e o maior organizador de eventos do B2B no mundo. Para saber mais e para as últimas notícias e informações, visite: www.ubmbrazil.com.br e www.informa.com.

 

A UBM Brazil recentemente tornou-se parte da Informa PLC, grupo líder em serviços de informação B2B e o maior organizador de eventos do B2B no mundo.

 

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